terça-feira, 27 de setembro de 2011

CINEMA: Futebol de Romario - Temperamento de Edimundo - Charme de Falcão e a beleza de Kaká - assim era o Botafoguense HELENO DE FREITAS


O ATOR RODRIGO SANTORO VIVE O GALà- ADVOGADO E JOGADOR "HELENO"

Artista da bola, diamante branco, o craque-galã. Estes são alguns dos apelidos dados ao maior ídolo do Botafogo antes de Garrincha. Inteligência, carisma e talento que conviviam com um temperamento explosivo, a vida boêmia e o vício das drogas. A história de Heleno de Freitas virou livro e agora vai parar na telona, no filme "Heleno", dirigido por José Henrique Fonseca.

Além do cabelo repartido de lado, da gomalina, o uniforme de época e a bola de capotão, Rodrigo suou muito para poder interpretar o craque. Perdeu cinco quilos durante as aulas de fundamentos do futebol com o ex-jogador Cláudio Adão. O professor enalteceu o aluno galã.

- Uma pessoa dedicada, uma pessoa maravilhosa. Ele tem dom para a coisa, então foi fácil - elogiou Adão.

Além do esforço para conseguir jogar como Heleno, outra coisa poderia ter incomodado Rodrigo Santoro: ele é vascaíno. Mas vestir a camisa da estrela solitária não virou problema para o ator:
- O Botafogo é um time muito simpático. No momento eu sou vascaíno, mas estou botafoguense - disse.

Celebridade e galã dos gramados
Heleno era formado em direito, tinha pinta de galã e adorava frequentar os bailes da alta sociedade carioca, que vivia uma época efervescente. Foi o primeiro craque-celebridade do futebol brasileiro. Quando entrava no salão de alguma festa, era ovacionado por todos. O jornalista e autor do livro "Nunca houve um homem como Heleno", Marcos Eduardo Neves, compara a personalidade dele com outros jogadores:

- Era um futebol de um Romário, um temperamento de um Edmundo, era elegantíssimo como Falcão, bonito como Kaká. E ele era doutor, como Tostão e Sócrates - explicou o escritor.

montagem Rodrigo Santoro Heleno de Freitas, ex-jogador do Botafogo (Foto: Reprodução)
Rodrigo Santoro teve aulas de futebol com
Cláudio Adão para atuar como Heleno
Lembrado pelo temperamento explosivo, Heleno nasceu em São João Nepomucemo, Minas Gerais, e iniciou a carreira no Fluminense. Mas foi no Botafogo que se destacou e conseguiu chegar à Seleção Brasileira. Também jogou no Vasco, Santos, América, Júnio Barranquilla-COL e Boca Júniors-ARG.
- É uma série de contradições. O que as pessoas diziam é que no campo ele era esquentado, agressivo, mas muito porque queria jogar bola. Era muito perfeccionista e queria que as pessoas correspondessem - disse Santoro.

Rodrigo Santoro atuando como Heleno de Freitas, ex-jogador do Botafogo (Foto: Reprodução)
Vascaíno, Santoro diz que não ficou incomodado
ao usar a camisa do Botafogo (Foto: Reprodução)
Por seu temperamento, Heleno também era chamado de Gilda. Rodrigo Santoro explica que há duas versões para o nome. Uns dizem que o apelido veio da torcida do Fluminense numa final, e outros dizem que a brincadeira surgiu no Clube dos Cafajestes. Ambas as histórias remetem ao filme Gilda, de 1946. A protagonista, vivida por Rita Hayworth, era temperamental ao extremo, assim como o craque de General Severiano.

Elegante, boêmio e mulherengo, Heleno acabou vítima do próprio estilo de vida. Ele morreu em 1959, aos 39 anos, num hospício de Barbacena, em Minas Gerais, em decorrência da sífilis, uma doença que, se não é tratada a tempo, destrói fisica e neurologicamente a pessoa.

- Acabou sendo um fim trágico, e ele passou como se fosse um cometa. Viveu muito intensamente, dizia o que queria, o que pensava, fazia o que queria, mas tem coisas muitos belas. Ele deixou belas memórias também - disse Rodrigo Santoro.

O filme "Heleno" já está finalizado e correndo o circuito de festivais. Deve estrear nas salas de cinema no início de 2012.

- Quem for ver o filme, vai ver o Rodrigo Santoro encarnando o Heleno de Freitas e jogando igual ao Heleno - finalizou o diretor do longa, José Henrique Fonseca.

Botafogo lança camisa retrô de Garrincha com Maurício e Maicosuel





Ídolo da conquista do Campeonato Carioca de 89 e meia do 
elenco atual foram os modelos do uniforme
Foto: Renan Rodrigues

Maior ídolo da história do Botafogo, o ex-ponta direita Garrincha, não tinha nenhuma camisa oficial em sua homenagem até a noite desta quinta-feira. Não tinha, pois o clube lançou, na sede de General Severiano, um uniforme retrô inspirado no modelo usado em no Campeonato Carioca de 1961. O lançamento da camisa faz parte das ações de marketing do projeto 'Sete é Fogo', iniciado na última terça-feira.

O ídolo da conquista do Campeonato Carioca de 89, Maurício, e o meia Maicosuel, que se recupera de lesão no joelho, foram os modelos da camisa, que leva os dizeres 'a Alegria do Povo', na parte de trás e 'O Melhor de todos os tempos' em uma das mangas. Além disso, o uniforme leva o número sete e um autógrafo de Garrincha em dourado.

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