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Foto: Photocamera
Naquele domingo de Maracanã, mais de 140 mil pessoas gritavam nas arquibancadas. Hoje 41 anos depois, o clássico vovô, é final no Engenhão, palco do Botafogo.
Até os dias de hoje, a memória da mãe do árbitro José Marçal Filho é invocado de maneira pouco elogiosa por fanáticos botafoguenses beirando os 50 anos. Um lance polêmico na final do Campeonato Carioca de 1971, a última decisão entre o time de General Severiano e o Fluminense, nunca foi engolido pela torcida branca e preta.
Após uma campanha quase impecável a 'Selefogo', como era chamado pela torcida o time de Jairzinho, Carlos Alberto Torres, Nílson Dias e Paulo Cézar, tropeçou nas últimas rodadas. O Fluminense encostou e as duas equipes se enfrentaram com uma vantagem de apenas um ponto para o Botafogo, que seria campeão com um empate.
E por 87 longos minutos este foi o placar da final. Aos 43, porém, a jogada, inesquecível para as torcidas do clássico mais antigo do futebol brasileiro. Oliveira cruzou na área, Marco Antonio se chocou com o goleiro Ubirajara e a bola sobrou limpa para Lula, que apenas empurrou para as redes. Indignados, os botafoguenses pressionaram o apitador, que validou o tento.
“Faltavam apenas dois minutos. Cruzaram na área e o Marco Antônio fez falta no Ubirajara. E o Ivair fez falta no Brito. Foi uma falta dupla, um absurdo. Eu parti para cima do Marçal e fui expulso. O 'Paraguaio' (Egídio Landolfi), nosso treinador, já tinha avisado para termos cuidado. Naquela época o Fluminense era muito ajudado pela arbitragem”, lamentou o ex-jogador e ex-treinador do Botafogo .
“Vou torcer para o Botafogo, claro, pela ligação que tenho com o clube, mas também para que vença o melhor, que não exista nenhuma interferência fora de campo. São duas grandes equipes, muito bem treinadas. Talvez o Fluminense seja um pouco superior no papel, mas o Botafogo está muito bem entrosado e acho que tem um ligeiro favoritismo”, disse Carlos Roberto.
Transcrito
Por GILMAR MARQUES DE SOUZA
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