terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

BOTAFOGO x FLUMINENSE: Um clássico, um juiz e algumas lições


 

O juiz errou?! Muito.
Influenciou nos rumos do jogo?! Certamente.
Mas não no resultado.
Explico: a grosso modo, os erros acabaram equilibrando ônus e bônus entre Botafogo e Fluminense.
É uma absolvição para Gutemberg Fonseca? Não, não é.

O fato de ter errado para os dois lados ameniza suspeitas de favorecimento para um ou outro, mas está longe de justificar a prática deliberada da “compensação”. Assim como Muricy e muita gente, também não tenho dúvidas de que ele foi avisado no intervalo de seus erros pró-Fluminense.

Por isso, fez de tudo para limpar sua barra, marcou dois pênaltis muito contestáveis e poderia ter protagonizado um desastre. Gutemberg não precisava deste constrangimento. Num jogo de muitos protagonistas, Rafael Moura, Jefferson. Renato Cajá e Loco Abreu foram tão notados quanto o juiz. O que, para ele, é um péssimo sinal.

Mas que se diga: o Botafogo venceu porque mereceu. Foi um pouco mais agressivo, mais bem organizado e, afinal de contas, mais eficiente. E porque teve quase o time todo jogando bem. Um dia em que até Renato Cajá brilha em campo, não pode ser um dia qualquer.


E um dia em que, ao mesmo tempo, Fred e Conca jogam mal, não pode ser superado facilmente por nenhum time do mundo. E olha que o time de Muricy quase conseguiu. O que, para os tricolores, não deixa de ser boa notícia.

E assim, do melhor jogo do carioca até agora, ficaram poucas e boas lições:
Para o árbitro, a de que o distintivo da FIFA não lhe dá o direito de fazer as lambanças que bem entender. Na verdade, lhe tira o direito a elas.

Para o Fluminense, a de que seu favoritismo teórico e natural é bom só para o torcedor. Acaba quando o jogo começa.

E para o Botafogo, uma velha lição que jornalistas e torcedores já aprenderam muitas vezes; mas que volta e meia teimam em esquecer:

Nunca subestime ou duvide de um time de Joel Santana.
Nunca mesmo
 

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