Inimigas ferrenhas na disputa pelo topo da audiência na TV, Globo e Record demonstraram ontem comportamento completamente diferente ao abordarem a renúncia de Ricardo Teixeira no comando da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
A Globo, que durante toda a era do dirigente foi a principal parceira nas transmissões dos jogos da seleção e Campeonato Brasileiro na TV aberta, fez um texto positivo no Jornal Nacional.
Em vídeo de pouco mais de três minutos, a emissora carioca exalta o comando de Teixeira. Antes mesmo de ser completado o primeiro minuto, a matéria já credita parte das conquistas da seleção de 89 a 2012 ao dirigente.
Eu sinceramente achei que hj no JN, na reportagem-despedida do Ricardo Teixeira, o Tino Marcos e o Willian Bonner iam chorar rsrs
Celso Freitas e Ana Paula Padrão
Já na Record, que no ano passado virou inimiga declarada do cartola após ver ruírem as chances de conseguir o direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, o tom foi oposto.
Foi difícil de esconder o tom alegre ao dar a notícia no Jornal da Record. A ironia não passou batida. “Cai Ricardo Teixeira, o chefão da CBF. Ao renunciar ele se disse injustiçado. O que o mundo da bola pergunta agora é se o futebol brasileiro vai mudar ou seguir o caminho dos últimos 23 anos”, falou a âncora Ana Paula Padrão.
A matéria de aproximadamente dois minutos enfatiza toda as acusações de corrupção e ainda ironiza a carta de despedida do dirigente. “Reclamou das críticas, denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro sofrida nos últimos anos”, fala o repórter, para depois cortar para a leitura do agora presidente da CBF, José Maria Marin, lendo o texto de Teixeira. “Nada maculará o que foi construído com sacrifício, renúncia e dor.”
Ainda mostra trecho dos comentários de Romário, um dos principais aliados da emissora e opositor de Teixeira. “Comemorou a saída do dirigente comparando com o fim de uma doença.”
As abordagens diferentes geraram reação dos internautas nas redes sociais.
Eu fiquei constrangido de ver o Bonner e a Patricia Poeta falando aquele texto ridículo sobre o 'legado' de Ricardo Teixeira, jornalismo lixo!
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